Em consequência da influência do tufão “Matmo”, a DSMG emitiu o 4.^o Sinal n.º 8 deste ano. Entretanto, Matmo” trouxe chuvas e ventos consideráveis a Macau. Vamos rever tudo isto em conjunto.

“Matmo” quebra recordes – Rajadas atingem nível de furacão

"Matmo" é a 12.ª tempestade tropical a afectar Macau este ano. Desde que há registos, esta situação ( 12 tempestades), só aconteceu em 1974. Além disso, em 1993, 2008 e 2022 foi necessário emitir quatro Sinais n.º 8 no mesma ano.  (Figura 1)

Em consequência de "Matmo", a região da foz do Rio das Pérolas foi afectado, consecutivamente, por ventos fortes ou superiores a partir das 00:00 horas. Durante o período em que os sinais de tempestade tropical estiveram em vigor, o vento máximo sustentado de 10 minutos, registado em várias zonas de Macau, atingiu o nível 10, com rajadas máximas de 12. (Figura 2)

Além disso, algumas zonas baixas do Porto Interior sofreram ligeiras inundações causadas por "Storm Surge".

A distância não é o único factor a considerar na emissão dos sinais de tufão; a extensão da força do vento é um dos elementos fundamentais

Em termos gerais, os ventos mais intensos verificam-se nas proximidades do centro de uma tempestade tropical. Assim, quanto mais perto do centro, maior a probabilidade de se registarem ventos fortes (equivalentes a um sinal n.º 8) ou ainda mais intensos.

Contudo, na realidade, a intensidade do vento gerada por uma tempestade tropical é influenciada por diversos factores, incluindo a estrutura da circulação, a interação entre sistemas meteorológicos e as diferenças na direcção do vento.

No caso de “Matmo”, apesar de o seu centro estar a cerca de 300 km de Macau, a ampla extensão dos ventos fortes foi suficiente para afectar a região. Para além disso, as rajadas intensas associadas às bandas de chuva resultaram em ventos que, durante o período do sinal n.º 8, continuaram a atingir ou a ultrapassar o nível 8 em áreas abertas e nas pontes. Deste modo, a distância não pode ser o único critério a ser considerado para determinar a necessidade de emitir sinais de tufão. (Figura 3)