No primeiro trimestre de 2025 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho cifrou-se em 17,58 mil milhões de Patacas, diminuindo 15%, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
O volume de negócios de artigos de couro, o de produtos cosméticos e de higiene, o de mercadorias de armazéns e quinquilharias e o de relógios e joalharia baixaram 24,2%, 22,3%, 18,8% e 17,3%, respectivamente, face ao primeiro trimestre de 2024, porém, o de automóveis aumentou 12%. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho diminuiu 17,8%, em termos anuais. Realça-se que o índice do volume de vendas de relógios e joalharia (-29,9%, em termos anuais), o de artigos de couro (-23,8%), o de produtos cosméticos e de higiene (-20,9%) e o de mercadorias de armazéns e quinquilharias (-16,4%) tiveram os decréscimos mais acentuados. Todavia, o índice do volume de vendas de automóveis (+11,4%) ascendeu.
No primeiro trimestre o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho desceu 4,6%, em relação ao montante revisto do volume de negócios do quarto trimestre de 2024 (18,44 mil milhões de Patacas). Destaca-se que o volume de negócios de artigos de comunicação (-38,8%, em termos trimestrais) caiu significativamente, contudo, o de alimentos/doces chineses (+9,7%), o de relógios e joalharia (+6,1%) e o de supermercados (+5,6%) ascenderam. Por seu turno, o índice do volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho diminuiu 5,5%, em termos trimestrais. Salienta-se que o índice do volume de vendas de artigos de comunicação diminuiu notavelmente 39%, enquanto o de alimentos/doces chineses, o de supermercados e o de relógios e joalharia subiram 9,7%, 5,4% e 4,3%, respectivamente.
Após a retoma das actividades económicas de Macau em 2023, verificou-se uma concentrada vontade de consumir, que impulsionou o rápido crescimento do volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho. No entanto, a partir do primeiro trimestre de 2024 o volume de negócios começou a diminuir em termos anuais devido à elevada base de comparação registada no mesmo trimestre de 2023 e à mudança do modelo de consumo, entre outros factores. No primeiro trimestre de 2025 o volume de negócios equivaleu a 86% do mesmo trimestre de 2019.
Nos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho sobre previsões para o segundo trimestre do corrente ano, 53,7% dos retalhistas preveem a diminuição do volume de vendas em termos anuais, 37,8% antecipam a estabilização e 8,5% projectam o aumento. Além disso, para o segundo trimestre do corrente ano, 62,5% dos retalhistas preveem a estabilização dos preços de vendas em termos anuais, 29,6% antevêem a diminuição e 7,9% projectam o aumento. Para o segundo trimestre de 2025, a previsão de cerca de 52,3% dos retalhistas é de que a situação de exploração dos estabelecimentos seja insatisfatória, em relação ao primeiro trimestre de 2025, 35,1% dos retalhistas pressupõem uma situação de exploração estável e 12,6% prevêem uma situação de exploração satisfatória.