A primeira edição de “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, organizada pelo Instituto Cultural (IC), tem lugar no mês de Julho e inclui, entre outros, o Serão de Espectáculos entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a ter lugar no dia 6 de Julho, pelas 20:00 horas, no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau.
Em complemento à estratégia política nacional, de pôr em evidência o papel de Macau como ponte de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa e revelar o seu charme como cidade multicultural, o Governo da RAEM lança o “Centro de Intercâmbio Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, destinado a utilizar Macau como plataforma de intercâmbio para promover o intercâmbio cultural regular entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Em linha com estes trabalhos, o IC organiza este ano a 1.ª edição de “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” para confirmar oficialmente o mecanismo de cooperação e intercâmbio cultural e artística entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O Serão de Espectáculos entre a China e os Países de Língua Portuguesa reúne em Macau o Grupo de Artes Performativas de Gansu e profissionais das artes performativas e grupos artísticos de oito Países de Língua Portuguesa, os quais irão dar a conhecer ao público o desenvolvimento cultural e artístico dos países e regiões participantes.
O Centro de Pesquisa da Arte do Canto e Dança de Tianshui da Província de Gansu, fundado em 1949, o qual está focado essencialmente na pesquisa da cultura local do canto, dança e música da província de Gansu. Ao longo destes quase 70 anos de existência o Centro encenou uma série de óperas, peças teatrais e espectáculos de música e dança. Os seus espectáculos receberam elogios de todas as esferas da sociedade dentro e fora da província. As peças artísticas criadas pelo Centro são constituídas essencialmente por elementos da Cultura Fuxi da China antiga.
O grupo de música tradicional angolana Nguami Makaa foi fundado em Abril de 2002 por um grupo de jovens liderados por Jorge Mulumba, que decidiu enveredar pelo mundo da música de raiz. O objectivo do grupo é resgatar os valores culturais e artísticos de Angola e têm o lema “Tocando os instrumentos tradicionais da Terra, dançamos os nossos ritmos”.
O grupo de choro Raspa de Tacho, do Brasil, foi fundado em Setembro de 2001 com o objectivo de levar este género musical brasileiro aos mais diferentes povos, culturas e gerações. Do repertório do grupo faz parte todo o universo do choro, nomeadamente o samba, a bossa nova, o baião, a marcha, a valsa, o frevo e também incursões pelo fado, jazz e pelos clássicos do género, além dos originais do grupo.
Tradison di Terra, um grupo de Cabo Verde criado no ano 2000, é considerado uma das referências do batuque tradicional da cidade da Praia e de Cabo Verde, tendo sido vencedor dos Cabo Verde Music Awards, na categoria de melhor batuque. O grupo é constituído na sua maioria por mulheres que utilizam o batuque tradicional como forma de preservar a cultura local, como factor de união da comunidade e no combate à pobreza que as rodeia.
O grupo Netos de Bandim, da Guiné-Bissau, foi criado no ano 2000 pela Associação dos Amigos da Criança da Guiné-Bissau. Tem como finalidade criar um ambiente de integração socio-cultural para as crianças, jovens e mulheres do Bairro de Bandim que vivem no limiar de pobreza, oferecendo-lhes um espaço de convívio e partilha de boas práticas de cidadania através da música, do teatro e da dança tradicional. Com o passar dos anos o grupo cresceu e ganhou grande notoriedade na divulgação da música e da dança tradicional da Guiné-Bissau a nível nacional e internacional.
O Grupo de Música e Dança Tradicional Hodi, de Moçambique, está integrado na Associação Cultural Hodi Maputo Afro Swing, uma agremiação de carácter cultural fundada em 2014. A missão da Hodi é trabalhar na pesquisa, preservação e divulgação das danças tradicionais moçambicanas, dança contemporânea, música e instrumentos tradicionais, bem como as danças afro-americanas. O grupo toca instrumentos tipicamente tradicionais tais como a timbila, mbira, toges, likutes, nhatiti e outros. Hodi tornou-se uma das mais empenhadas companhias de dança em Moçambique que representam danças de todo o país, entre elas a Xigubo, Marrabenta, Semba, Makway, Makwaela, etc..
Galandum Galundaina, o grupo de Portugal, é um grupo de música tradicional de Miranda do Douro, criado em 1996 com o objectivo de recolher, investigar e divulgar o património musical, as danças e a língua das terras de Miranda, o mirandês. Os Galandum Galundaina fazem parte da genealogia de uma região com um património cultural único onde a música de raiz tradicional se funde com a língua mirandesa dando origem a um universo musical singular. Os instrumentos usados, réplicas de outros muito antigos, que mantêm o aspecto e sonoridade dos mesmos. Além da música instrumental, o grupo apresenta um repertório de música com vozes, reproduzindo fielmente as melodias tradicionais, enriquecidas com timbres, ritmos e harmonias capazes de criar emoção e alguma modernidade.
O cantor Felício Mendes, de São Tomé e Príncipe, apesar dos seus 69 anos, é ainda considerado um dos mais consagrados cantores de música tradicional de São Tomé e Príncipe. Ao longo da sua carreira musical, que teve inicio em 1970 quando integrou o conjunto militar “Os Quicos Verdes”, participou em espectáculos sem conta onde através da sua potente voz levou os ritmos tradicionais de São Tomé e Príncipe a muitos países africanos e europeus, entre eles Angola, Cuba, França, Portugal, etc.
Finalmente, o grupo Timor Furak, de Timor-Leste, foi fundado por um grupo de jovens artistas timorenses em 2006. O principal objectivo do grupo é promover a singularidade da cultura de Timor-Leste através da sua dança e música tradicional. Actualmente, o grupo Timor Furak é o mais reconhecido a nível nacional e internacional, pelo tem sido convidado com grande frequência para actuar em vários pontos do país e a representar Timor-Leste em eventos culturais internacionais. Nas suas actuações o grupo apresenta uma grande diversidade de trajes típicos do país, adaptados a cada tipo de dança, bem como a música é tocada com instrumentos tradicionais e típicos o que torna o espectáculo culturalmente muito rico.
Os bilhetes para o Serão de Espectáculos entre a China e os Países de Língua Portuguesa estão disponíveis nos balcões e na página electrónica da Bilheteira Online de Macau (www.macauticket.com) ao preço de MOP50. A 1.ª edição do “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa” conta com o apoio do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, sendo co-organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo e Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações. Para mais informações, é favor consultar o folheto respectivo ou visitar a página electrónica www.icm.gov.mo/FCP.
