Equilíbrio entre a intervenção ambiental e o desenvolvimento urbano foi um dos principais aspectos tidos em consideração no plano de desenvolvimento do COTAI, em que as zonas verdes ocupam 60 por cento da área do projecto, afirmou hoje o Coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas, José Castanheira Lourenço.
Num encontro com os jornalistas, José Castanheira referiu que o plano do COTAI ocupa uma área total de 620ha, 530 dos quais representam a área total de aterros necessários para este novo espaço de desenvolvimento, planeado no sentido de suportar o futuro crescimento económico e demográfico do Território e de criar condições para a sua qualificação urbana, através da instalação de importantes equipamentos sociais na área do desporto, cultura, educação, saúde e lazer, incluíndo vastas áreas verdes e lagos.
Aquele responsável indicou que o Plano de COTAI permitirá a definição de planos integrados para o desenvolvimento turístico e de entretenimento, além de espaços vocacionados para serviços, comércio, hotelaria, centros logísticos e, também, indústrias de alta tecnologia, numa área que constitui o nó das ligações terrestres, marítimas e aéreas ao interior da China e ao exterior.
Beneficiando da proximidade do Aeroporto Internacional de Macau, do Porto de Contentores de Ká-Hó e das ligações viárias ao interior da China, COTAI constituirá um interface de transportes aéreos, marítimos e terrestres de grande importância a nível regional e fundamental para o desenvolvimento das actividades turísticas e a desejada diversificação das actividades económicas, realçou José Castanheira.
O Coordenador do GDI indicou que foram adoptados parâmetros de dimensionamento urbanístico de elevado padrão, sendo a ocupação do solo pouco elevada, com vastas áreas verdes e de água, para protecção das espécies vegetais e animais e criação de uma envolvência ambiental de qualidade e equilibrada com o desenvolvimento urbano, que serão também, novos polos de atracção turística.
Um plano estudado para ser flexível e ajustável aos interesses das políticas de desenvolvimento económico e social do Governo da RAEM e às propostas dos investidores, com o implemento em conformidade com a evolução das necessidades, num prazo estimado de 10 a 15 anos para a sua concretização global, destacou José Castanheira Lourenço acrescentando que a construção do empreendimento da Marina, com um hotel já em funcionamento, e de um Centro de Convenções e Exibições, bem como as recentes concessões de terrenos para a futura Universidade da Ciência e Tecnologia e o Centro de Produção Cinematográfica, denotam que a efectivação do plano de COTAI está já em curso.
Um Estudo Ambiental do Canal junto ao dique Oeste no COTAI e um Estudo Ambiental e Ecológico da Baía de N.S. da Esperança, orçados num total de um milhão e cem mil patacas e iniciados em finais do ano passado, cujos relatórios deverão ficar concluídos no próximo mês, visam uma intervenção ambiental estruturada no sentido de criar condições de sustentabilidade para a manutenção de espaços naturais que permitam entusiasmar as aves existentes na zona a permanecerem neste novo local, destacou o coordenador do GDI.
José Castanheira Lourenço referiu também que os trabalhos para a constituição de um conjunto de ilhas na área de intervenção com plantações de Mangal e a criação de uma cintura verde com locais para observação de aves terão início logo após a conclusão dos relatórios dos dois estudos.