As autoridades da RAEM decidiram levantar a medida de suspensão de importação de aves domésticas a partir de 18 deste mês (segunda-feira), calculando-se que cerca de 12.800 aves serão importadas nesse dia.
Prevê-se a importação de aves domésticas, no dia 18, incluindo 8000 galinhas, 800 galinhas pretas e 2000 pombos e codornizes respectivamente. A data do levantamento da proibição de importação de aves aquáticas está ainda por definir.
O presidente da Câmara Municipal de Macau Provisória, Sales Marques, disse, durante uma ocasião pública, que ontem à noite ambas as câmaras municipais e os serviços de saúde continuaram a discussão sobre os procedimentos inerentes este assunto. Indicou ainda que depois dos trabalhos preparatórios quer das câmaras, serviços de saúde e outros serviços envolvidos concluiu-se que Macau tem todas as condições de voltar a importar aves domésticas.
Sales Marques salientou o reforço pelas autoridades de análises às aves importadas, o que significa que haverá um aumento diário do número de amostras, entre 80 a 100 aves, representando um crescimento de oito vezes mais, podendo ainda vir a ser superior.
A Câmara Municipal das Ilhas Provisória vai aumentar o número de amostras para uma média de 40 aves por semana.
Entretanto as câmaras municipais da RAEM e as autoridades de Zhuhai alcançaram concenso através de um memorandum, sobre a realização de análises às aves vivas importadas de Zhuhai para Macau, sendo assinado amanhã o documento. Ambas as partes consideram haver condições para que a importação de galinhas vivas possa ser normalizada a partir do dia 18 do corrente, estando a importaçao das aves aquáticas dependente das conversações em curso.
As câmaras municipais, serviços públicos e operadores deste sector, decidiram reforçar as análises às aves domésticas importadas, as medidas de transporte e abate, como ainda melhorar as condições de higiene nos mercados municipais. Assim, será aumentado o número de aves destinado às análises, produzindo os serviços o respectivo relatório num período de 3 horas. As aves poderão ser retiradas do local apenas depois de as análises confirmarem a ausência do anti-corpus do vírus H5.
Os importadores ficam sujeitos a prestar informações sobre os aviários e receber visitas periódicas aos mesmos pelos técnicos de Macau. Por sua vez, nas Ilhas os veterinários irão aumentar as visitas semanais aos aviários e dar formação aos respectivos trabalhadores. Todas as ocorrências de morte de aves continuam a ser registadas como autopsiadas.
As novas medidas incluem a separação das aves aquáticas das outras aves domésticas, sendo aquelas abatidas imediatamente após a sua chegada ao local de venda, não podendo ser engaioladas nas lojas. Os vendedores dos mercados municipais abatem de imediato as aves aquáticas em locais próprios existentes nos mercados, não sendo permitida a manutenção das aves vivas nas bancas.
Quanto às condições de higiene nos mercados municipais, que, e sem prejuízo para vida da população, as lojas de aves domésticas devem proceder, em regime rotativo, no mínimo duas vezes por mês, à limpeza e desinfectação dos locais, sendo as aves, durante a operação, transferidas para locais indicados pela Câmara Municipal de Macau Provisória.
Segundo os Serviços de Saúde, o ser humano não é afectado pelo vírus da gripe das aves através do consumo das aves, mas apenas via contacto directo com aves domésticas infectadas, por essa razão a população deve dar bastante atenção à higiene individual, não esquecer a necessidade de lavar as mãos depois de contacto com aves domésticas e animais e respectivas fezes.
Vai ser criado um grupo de coordenação, visando a prevenção de possíveis casos de gripe das aves e a tomada de medidas oportunas e adequadas perante situações de emergência.