O Governo da Região Administrativa Especial de Macau e a Companhia de Aeroporto de Macau assinaram hoje (26) a escritura pública de prorrogação do prazo do contrato de concessão da construção e exploração do Aeroporto Internacional de Macau, com a presença do Chefe do Executivo, Edmund Ho.

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long indicou que a prorrogação do prazo de consessão contribui para a definição da política de exploração e funcionamento, a longo prazo, do Aeroporto, bem como para o plano financeiro, e assim, vantajoso para o desenvolvimento da indústria de aviação civil do território.

A cerimónia de assinatura realizou-se hoje, ao fim da manhã, na sala multi-funcional da Sede do Governo. No seu discurso, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long referiu que devido ao Aeroporto Internacional ser muito importante para o desenvolvimento social e económico de Macau e tendo em conta que o projecto de construção e exploração do Aeroporto envolveu um investimento avultado, cuja recuperação se faz a longo prazo, o Governo da RAEM decidiu autorizar o pedido da CAM, prorrogando o prazo do contrato de concessão da construção e exploração do Aeroporto Internacional assinado em 1989, por mais 25 anos, isto é, até o ano de 2039.

Ao Man Long afirmou que ao longo dos cinco anos de funcionamento do Aeroporto, verificou-se um crescimento notável, tanto no tráfego de passageiros como no de carga. Além disso, o Governo começou a abrir gradualmente o 5º direito de aviação civil, alargando a rede das rotas aéreas. No futuro, com a adesão da China à Organização Mundial de Comércio, o sector de tráfego de carga do Delta do Rio das Pérolas desenvolver-se-á ainda mais. O mesmo responsável, acredita que a prorrogação do prazo de concessão contribui também para o Aeroporto Internacional de Macau aproveitar as oportunidades, progredindo ainda mais a indústria de aviação civil do território.

O Secretário sublinhou que, para corresponder à procura da carga aérea, que tem crescido rapidamente, no Delta do Rio das Pérolas, o Governo da RAEM está empenhado em incentivar a CAM na expansão dos equipamentos de transporte de carga, bem como desenvolver estudos de viabilidade sobre a criação de um centro logístico e do terminal marítimo junto do AIM.

O mesmo responsável adiantou ainda que caso se concretize a construção do terminal marítimo junto ao AIM, acredita que o terminal de passageiros e de carga tenha carreiras para o exterior, incluindo provavelmente Hong Kong e outros territórios.

Ao ser questionado sobre a situação financeira do AIM, Ao Man Long referiu que sendo o maior accionista da CAM, o Governo da RAEM considera que actualmente o plano financeiro do AIM é adequado, e a CAM está em negociações com grupos bancários sobre a questão de títulos de crédito no valor de 600 milhões de dólares de Hong Kong, acreditando-se que esta questão possa estar resolvida antes de Junho do corrente, data limite do prazo dos respectivos títulos.