O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long realçou hoje (31) que com o desenvolvimento do Centro Logístico do Cotai, o Governo pretende que este seja um complemento no seio da região do Delta do Rio das Pérolas e não um elemento de concorrência com as reigões vizinhas.
Ao Man Long destacou hoje na cerimónia de iniciação das obras de primeira fase de construção do dique, aterros e drenagem do Centro Logístico de Cotai ser esta infraestrutura uma das políticas das linhas de Acção Governativa da RAEM, em correspondência ao desenvolvimento económico global do Delta do Rio das Pérolas e tendo em atenção ao aumento gradual do movimento de cargas após a adesão da China na Organização Mundial do Comércio.
De acordo com aquele membro do Governo, Macau possui condições privilegiadas próprias para desenvolver actividades logísticas, desde o facto de ser um porto franco, passando pelos custos que são relativamente mais baixos, até ao apoio político do Governo Central, ao permitir nomeadamente os voos quasi-direct entre Taiwan e Continente e os voos de aviões de carga de Macau para o Continente, afirmando que um aproveitamento adequado dessa situação tornará Macau um potencial centro logístico, sobretudo no transporte de cargas de valor-acrecentado.
Ao Man Long manifestou que para este objectivo, além das obras acima referidas, outros trabalhos complementares encontram-se a ser dinamizados, como a revisão da legislação inerente e formação de pessoal.
Perguntado sobre a data de implementação do "Regime of Regulated Agent", referiu que o mesmo acompanhará o funcionamento do centro logístico, acrescentando ser necessário ponderar ainda outros aspectos como a criação de armazéns colectáveis, simplificação dos processos de desalfandegamento e revisão de legislação, sendo logo posto em prática assim que estiverem reunidas as condições necessárias.
O Secretário para os Transportes e Obras Públicas revelou que a celebração do contrato de exploração das carreiras marítimas entre Macau e Shenzhen, solicitada por um investidor deverá ser formalizada, depois de concluído os trâmites administrativos.
Perguntado sobre o impacto que poderá causar à Air Macau e ao Aeroporto Internacional de Macau na sequência do interesse manifestado por uma companhia de aviação em voar para Macau, Ao Man Long considerou que Macau-Taiwan constitui sem dúvida a ligação que traz maior movimento para a companhia aérea local e o aeroporto de Macau, mas disse acreditar que essa dependência poderá ser reduzida, através da diversificação das carreiras aéreas e tendo em conta sobretudo a abertura do quinto direito aéreo a favor de Macau, sob o apoio da Administração da Aviação Civil e através do esforço que os serviços públicos inerentes estão a empreender na exploração de ligações aéreas com outros países.