O CCAC descobriu um caso de corrupção, com dois suspeitos, sendo um deles funcionário público, e o montante envolvido foi de $4000 patacas.

Um dia, um dos suspeitos, uma senhora de apelido Ho, proprietária duma loja onde se vende carnes assadas, "sem licença", recebeu um telefonema de um funcionário dos Serviços de Economia, notificando-a para se deslocar àqueles serviços, a fim de responder relativamente a queixas supostamente apresentadas contra ela. Nas instalações dos Serviços de Economia, um fiscal (o segundo suspeito) disse-lhe que tinha recebido queixas relativas à exploração de um estabelecimento, sem licença, praticada por ela. De imediato, a mesma informou que tinha feito o pedido da respectiva licença, junto da Câmara Municipal de Macau Provisória, ao que este fiscal respondeu, dizendo que necessitaria também de fazer um requerimento junto da Economia. Entretanto, o fiscal pediu-lhe $2000 patacas para o tratamento desse licenciamento. Passados alguns meses, a senhora Ho recebeu outro telefonema desses mesmos serviços, dizendo que tinham recebido novas queixas acerca da sua loja, e que precisava de pagar uma multa, pelo que ela se deslocou mais uma vez aos Serviços de Economia e encontrou novamente o mesmo fiscal. Na conversa, o fiscal ofereceu-se para a ajudar a resolver a questão da multa, só que a proprietária teria que lhe pagar mais $2000 patacas. Posteriormente, o pessoal da Economia realizou duas operações de inspecção à loja. Foi então que a senhora em causa achou inaceitável e quis fazer queixa. Mais tarde, a mesma recebeu um telefonema pedindo-lhe para não denunciar o caso. Finalmente, o CCAC recebeu queixa e descobriu o presente caso.

No decurso da investigação, a senhora HO confessou ter cometido crime de corrupção activa. Hoje (3 de Abril) os dois suspeitos foram encaminhados para o Ministério Público.