Sob a direcção do Instituto Cultural, a exposição “Ressonância – Corpo.Objecto.Reflexão” desenrola‑se como prelúdio da próxima grande retrospectiva de Helena Almeida (1934–2018) — a sua primeira grande exposição individual na Ásia — que terá lugar em Macau no próximo ano. Seis artistas de Macau e d Interior da China foram convidadas a interagir com a obra de Helena Almeida através de trabalhos recentemente encomendados, fomentando um diálogo que transcende o tempo e o espaço. A exposição decorrerá de 19 de Dezembro de 2025 a 26 de Abril de 2026, no terceiro piso do Museu de Arte de Macau.
No inicio do terá próximo ano terá lugar a inauguração de “Helena Almeida: Estou Aqui – Presença e Ressonância”, exposição estruturada em duas secções: Presença e Ressonância. Os visitantes terão a oportunidade de testemunhar o diálogo cultural entre a China e Portugal através de cerca de 42 conjuntos, compostos por 190 peças da artista Helena Almeida. A secção Presença apresentará os trabalhos de Helena Almeida, artista internacionalmente reconhecida, que utiliza o corpo como meio. Em paralelo, e no intuito de reforçar o intercâmbio de arte contemporânea entre a China e Portugal, a secção Ressonância foi concebida para construir uma ponte de diálogo com o corpo da obra de Helena Almeida , preparando o caminho para a grande retrospectiva.
A exposição “Ressonância – Corpo.Objecto.Reflexão” apresenta as artistas de Macau Pang Yun, Wong Weng Io e Angel, Chan On Kei, em conjuntocom as artistas do Interior da China Min Han, Gao Fuyan e Sun Xiaoyu, explorando o tema Corpo.Objecto.Reflexão. Tendo o corpo como ponto de partida, as artistas investigam os limites das disciplinas e a subjectividade através da contemplação e desconstrução de símbolos, da autenticidade e da imaginação, em resposta à filosofia artística de Helena Almeida.
As obras expostas articulam‑se de forma consistente com o tema do diálogo: Pang Yun explora a filosofia da materialidade e da eternidade através de um ritual de douramento em Wu • Stone • Sardapass; Wong Weng Io utiliza dilemas corporais para metaforizar a violência sistémica e o ciclo de auto‑silenciamento; Angel, Chan On Kei emprega sapatos de salto alto como metáfora para criticar a disciplina social imposta por padrões de beleza. Por seu lado, os desenhos de Min Han dão continuidade à reflexâo de Helena Almeida sobre a presença do corpo, ampliando a experiência individual a uma escala cósmica; A Grade da Mente, de Gao Fuyan, bordada com cabelo sobre papel, espelha, remotamente o conceito de Helena Almeida do corpo como instrumento; Sun Xiaoyu adopta o azul de Helena Almeida para expandir o diálogo visual sobre a existência e as suas fronteiras através da prática estética oriental de dissolver o eu no objecto.
Através das obras apresentadas em Ressonância – Corpo.Objecto.Reflexão, o público pode perceber como as artistas reinterpretam o espírito da vanguarda europeia e, como Helena Almeida revelou, reconhecem que o corpo, quando colocado no espaço, se torna simultaneamente sujeito e meio, afirmando a sua duradoura influência na criação artística contemporânea.
Organizada pelo Instituto Cultural do Governo da RAEM, co‑organizada pela Escola de Arte Intermédia da Academia Chinesa de Arte e pelo Museu de Arte de Macau, a exposição Ressonância – Corpo.Objecto.Reflexão decorre de 19 de Dezembro de 2025 a 26 de Abril de 2026. O Museu de Arte de Macau está aberto das 10h00 às 19h00 (última entrada às 18h30), inclusive em dias feriados, e encerra às segundas‑feiras. A entrada é gratuita.