Com o objectivo de promover de maneira proactiva o projecto "Comunidade Saudável", articular amplamente as forças das associações dos diversos sectores, fomentar sinergias e optimizar a descentralização de recursos para a comunidade, os Serviços de Saúde realizaram recentemente, no Centro de Saúde do Tap Seac, a cerimónia de lançamento do "Programa de Gestão de Doenças Crónicas". Estiveram presentes na ocasião a Vice-Secretária-Geral do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) e Director do Departamento de Acção Social do referido Gabinete, Huang Huagai; a Assessora do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Lu Hong; o Director dos Serviços de Saúde, Lo Iek Long; a presidente da Associação Geral das Mulheres de Macau, Lau Kam Leng; a presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Ng Sio Lai; a assessora da Federação das Associações dos Operários de Macau, Leong Iok Wa; o presidente da direcção da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Lei Leong Wong; a Subdirectora do Instituto de Pesquisa da Doença Metabólica Endócrina de Xangai, Wang Weiqing; os Subdirectores dos Serviços de Saúde, Cheang Seng Ip e Chan Weng Wa; a Chefe do Departamento de Saúde Comunitária, Wong In; bem como o Director de Operações do projecto "Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas" do Instituto de Pesquisa da Doença Metabólica Endócrina de Xangai, Li Zhenjie.
No discurso proferido durante a cerimónia, o Director dos Serviços de Saúde, Lo Iek Long, destacou que os Serviços de Saúde têm avançado no cumprimento do objectivo de "prevenção prioritária e do tratamento adequado", alinhando-se às orientações fundamentais do Presidente Xi Jinping acerca da "construção de um sistema de garantia de saúde que abranja todo o ciclo de vida". Sublinhou a necessidade de aprimorar continuamente o sistema de serviços médicos, fortalecer a formação dos profissionais de saúde e promover o bem-estar físico e mental da população em geral. As doenças crónicas constituem actualmente o principal desafio para a saúde dos residentes de Macau, sendo responsáveis por aproximadamente 80% do total de óbitos registados em Macau. Para alcançar a meta de uma "Macau Saudável", torna-se imprescindível efectuar a “mudança de paradigma” da gestão de doenças crónicas, transitando do modelo centrado na "terapia pós-doença" para uma abordagem focada na "prevenção e gestão precoce". O referido director espera que, até 2030, haja um aumento abrangente nas taxas de conhecimento, tratamento e controlo das doenças crónicas entre os residentes, o que contribuirá para a redução efectiva do risco de mortalidade relacionado a essas doen;as. Os Serviços de Saúde têm implementado diversas medidas preventivas e de controlo das doenças crónicas, incluindo o "Programa de Rastreio de Doenças Crónicas", que incentiva os residentes a utilizarem vales de saúde para a gestão comunitária da saúde. Nesse contexto, o número de postos de auto-medição na comunidade foi ampliado para 146, com o intuito de elevar a taxa de conhecimento sobre essas doenças. Ademais, foi instituído o "Sistema de Indicadores da Qualidade da Gestão das Doenças Crónicas", que, por meio da padronização dos critérios diagnósticos e terapêuticos, visa promover a melhoria contínua da capacitação profissional do pessoal médico de base, resultando em um aumento significativo na taxa de controlo dos pacientes com diabetes e hipertensão. Por fim, o director ressaltou que a implementação do "Programa de Gestão de Doenças Crónicas", em parceria com associações locais, representa uma medida crucial para a efectivação da política governamental de descentralização dos recursos da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). Com o apoio da rede de serviços comunitários dessas associações para sua execução, o desvio dos pacientes com doenças crónicas em estado estável para atendimento em consultas externas comunitárias para gestão colaborativa, pode, simultaneamente, reduzir a sobrecarga dos serviços oferecidos pelas instituições médicas públicas e possibilitar que os residentes tenham acesso a serviços de gestão de saúde de qualidade e continuidade no âmbito comunitário. Ademais, tal prática contribui para o desenvolvimento sustentável do sistema de saúde.
No seu discurso, a Subdirectora Wang Weiqing destacou que os Serviços de Saúde consideram a prevenção e o controlo das doenças crónicas como uma das principais prioridades no âmbito do planeamento do programa "Macau Saudável", promovendo a descentralização dos recursos médicos e implementando a transformação focada na "prevenção e gestão precoce". Esta iniciativa não apenas responde às necessidades de saúde da população residente, como também demonstra uma visão estratégica de longo prazo. No dia 21 de Junho do presente ano, na presença da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, do membro promotor académico Ning Guang e do Director do Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Wan Sucheng, os Serviços de Saúde e o Instituto de Doenças Metabólicas Endócrinas de Xangai assinaram o "Protocolo de Cooperação entre os Serviços de Saúde do Governo da RAEM e o Instituto de Pesquisa de Doenças Endócrinas e Metabólicas de Xangai sobre a Construção de Centros de Gestão de Doenças Metabólicas em Macau". Paralelamente, estabeleceram uma parceria com a Associação Geral das Mulheres de Macau para a rápida implementação do primeiro Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas em Macau na comunidade, articulando suas actividades com o Centro de Saúde do Tap Seac, com o objectivo de gerir conjuntamente os pacientes. Trata-se da integração ideal entre o modelo de "centro de gestão padronizada de doenças metabólicas" e a actuação comunitária. Nesse arranjo, os centros padronizados vinculados às associações assumem a responsabilidade pela detecção e acompanhamento, enquanto os centros de saúde são incumbidos do diagnóstico e do tratamento dos pacientes. Tal abordagem, baseada na divisão de tarefas, colaboração na prestação de cuidados e integração entre prevenção e tratamento, valoriza as vantagens das organizações não governamentais na oferta de serviços comunitários, ao mesmo tempo que assegura o rigor e a qualidade profissional no diagnóstico médico. Dessa forma, os pacientes podem ter acesso a serviços de saúde contínuos e de elevada qualidade próximos às suas residências. A responsável mencionada expressou a expectativa de que, com a expansão do programa para outras áreas de Macau, um número maior de residentes possa ser beneficiado, contribuindo para o aumento da taxa de controlo das doenças crónicas e para a redução dos riscos associados a complicações.
No seu pronunciamento, a presidente da Associação, Lau Kam Ling, iniciou expressando agradecimento pelo apoio dos Serviços de Saúde à Associação Geral das Mulheres de Macau, a qual tem possibilitado a diversificação dos serviços de saúde oferecidos à população residente em Macau. Destacou a intenção de colaborar com o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) na promoção do desenvolvimento integrado das acções de prevenção, tratamento e gestão das doenças crónicas. Para tanto, serão implementadas três iniciativas principais: 1. Potencializar integralmente as funções do Centro Médico da Mulher e do Centro de Psicoterapia, ampliando a abrangência dos serviços e aprimorando sua qualidade; 2. Fortalecer a divulgação da educação em saúde, por meio da continuidade na organização de diversas palestras e actividades comunitárias, com o objectivo de elevar o padrão de saúde dos residentes; 3. Colaborar na descentralização dos recursos médicos para os bairros comunitários, promovendo a cooperação entre instituições médicas públicas e privadas, visando aumentar a eficiência global dos serviços prestados.
A presidente Ng Siu Lai destacou a implementação do Programa de Gestão de Doenças Crónicas como uma medida fundamental para atender às necessidades de saúde da população residente. Diante dos desafios impostos por enfermidades crónicas, tais como diabetes e hipertensão, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), em parceria com os Serviços de Saúde, adoptou um modelo inovador de cuidados de saúde inteligentes, baseado nos princípios de "um centro", "um serviço one stop" e "um padrão único", complementado pelo "Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas". Essa abordagem visa a introdução de serviços de saúde de alta qualidade, alinhados aos padrões internacionais, directamente na comunidade. Tendo como ponto de apoio o Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Associação de Bem-Estar dos Moradores de Macau, vinculada à União Geral, esta última compromete-se a colaborar integralmente com os Serviços de Saúde na implementação do Programa de Gestão de Doenças Crónicas na comunidade. Esta parceria visa ampliar o acesso aos serviços a todos os residentes, contribuindo para o desvio dos pacientes, bem como para a sensibilização e educação em saúde, de modo a possibilitar que um maior número de residentes beneficie de serviços profissionais na gestão das doenças crónicas.
O "Programa de Gestão de Doenças Crónicas" será oficialmente implementado em 4 de Novembro, tendo como público-alvo prioritário os pacientes com doenças crónicas da Zona Central. Na fase inicial, o Centro de Saúde do Tap Seac encaminhou os pacientes qualificados para o Centro Médico para Mulheres da Associação Geral das Mulheres de Macau, a fim de realizar a gestão colaboractiva dessas condições. No primeiro trimestre de 2026, está prevista a inauguração do Centro de Diagnóstico e Tratamento Integrado da Associação de Bem-Estar dos Moradores de Macau, vinculada à União Geral, que actuará em articulação com o Centro de Saúde do Fai Chi Kei e o Centro de Saúde da Ilha Verde. Além disso, será avaliada a possibilidade de cooperação com outras instituições sem fins lucrativos, visando a expansão gradual do programa para a Zona Norte e outras zonas, com o objectivo de aprimorar a eficácia da gestão global de doenças crónicas. O "Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas" foi fundado em 2015 pelo académico Ning Guang, com o propósito de desenvolver um sistema padronizado e inteligente de one stop para a gestão de doenças crónicas a nível nacional. Até ao momento, mais de 2.000 instituições médicas em 32 províncias, cidades e regiões do país foram estruturadas e geridas conforme padrões estabelecidos, atendendo a mais de 3,5 milhões de pacientes com diabetes. O referido centro desenvolveu uma solução integrada que combina um "sistema de gestão padronizada" com suporte inteligente de hardware e software. Por meio da plataforma de informação do "Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas" e dos equipamentos principais como máquina integrada de metabolismo, torna-se viável assegurar a padronização e a inteligência em todo o processo de rastreamento, diagnóstico e acompanhamento da diabetes, melhorando de forma significativa a eficiência do trabalho de médicos e enfermeiros, permitindo uma gestão dos pacientes mais científica e precisa.
Actualmente, mais de 85% dos pacientes com hipertensão e diabetes encontram-se sob acompanhamento e gestão pelos Serviços de Saúde. A taxa de controlo da hipertensão elevou-se de 48,5% em 2023 para 62,5% em 2024, correspondendo a um melhor controlo e aperfeiçoamento na pressão arterial de aproximadamente 11.500 pacientes. Entre cerca de 40 mil indivíduos diabéticos, as taxas de alcance de glicemia, pressão arterial e lipídios sanguíneos atingiram 60,1%, 71,2% e 60%, respectivamente. A obtenção simultânea destes três indicadores por parte do paciente está associada a uma redução substancial do risco de complicações cardiovasculares e cerebrovasculares. Além disso, mais de 11 mil pacientes alcançaram o controlo sincronizado destes três indicadores, representando um aumento de aproximadamente 3.600 em relação a 2023. O modelo operacional do "Centro de Gestão Padronizada de Doenças Metabólicas", implementado no âmbito do "Programa de Gestão de Doenças Crónicas", aliado à plataforma de cuidados de saúde inteligentes e à tecnologia de inteligência artificial, propiciará uma gestão das doenças crónicas em Macau com maior eficiência e precisão, o que também configura uma prática concreta para promover a integração entre tratamento e prevenção, constituindo um marco relevante na implementação da política de "cuidados de saúde para a saúde".
