A PJ realizou um encontro no âmbito da “Rede de Comunicação com as Escolas” sobre prevenção criminal, reunindo representantes dos serviços da educação de Macau, instituições de ensino superior, ensino não superior, ensino recorrente, bem como associações educativas e juvenis de Macau. Durante o evento foram discutidos os mecanismos para aprofundar a colaboração entre a polícia e as escolas, modernizar o trabalho de prevenção criminal e, em conjunto, garantir a segurança no ambiente escolar e o desenvolvimento saudável dos jovens. Foi realizada também a cerimónia de reconhecimento “Polícia e Escolas Juntos na Prevenção Criminal”', onde 39 instituições de ensino foram distinguidas com certificados de mérito pela participação activa nas campanhas de sensibilização sobre a prevenção criminal da PJ dirigidas a jovens, ao longo do último ano.
Resultados significativos através do mecanismo de colaboração entre a polícia e as escolas
O encontro que se realizou na sede da PJ no dia 28 de outubro teve duas sessões: a da manhã foi dedicada ao ensino superior e a da tarde aos ensinos não superior e do ensino recorrente. O encontro contou com a presença da chefe do Departamento do Ensino Não Superior da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Choi Man Chi; o vice-presidente e secretário-geral da Associação de Educação de Macau, Sam Io Cheong; a vice-presidente da Associação das Escolas Católicas de Macau, Iu Pek Fong; a vice-secretária-geral da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, Mou Weng Seong; o subchefe da Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau, Lai Kin Man. Participaram ainda 100 convidados, incluindo directores ou representantes de 77 escolas e delegados de associações estudantis do ensino superior. Durante o mesmo, os participantes tiveram a oportunidade de dialogar com o director da PJ, Sit Chong Meng, o subdirector, Sam Kam Weng, e vários chefes de departamentos e divisões.
No seu discurso, o director da PJ, Sit Chong Meng, afirmou que a Polícia Judiciária tem vindo a implementar activamente as políticas de juventude do Governo da RAEM, assumindo os princípios da polícia moderna, e a reforçar continuamente a comunicação e colaboração com o sector educativo e a comunidade juvenil. O mecanismo de comunicação “Rede de Comunicação com as Escolas”, lançado em 2008 e estendido ao ensino superior em 2015, tornou-se uma plataforma essencial para a colaboração entre a polícia e as escolas na prevenção da criminalidade. Através de uma troca de informações contínua, tem permitido a implementação abrangente de campanhas educativas de prevenção criminal dirigidas a jovens, uma intervenção eficaz em situações que envolvam jovens, e a criação de um modelo de trabalho como a prevenção antecipada, intervenção coordenada em situações de crise e acompanhamento pós-ocorrência. Este mecanismo tem alcançado resultados notáveis na protecção da segurança escolar.
Perante os complexos desafios do ambiente de crescimento e da criminalidade que os jovens enfrentam actualmente, a PJ, em colaboração com o sector educativo, vai ajustar a sua estratégia de prevenção criminal com base no princípio da abordagem centrada no problema. O objectivo é responder às preocupações dos jovens e satisfazer as suas necessidades, dando particular atenção aos riscos crescentes de exposição a crimes sexuais, drogas e fraudes. Os esforços no combate à criminalidade serão redobrados, ajudando os jovens a desenvolver valores correctos, a consolidar uma consciência cívica de respeito pela lei e a reforçar a sua capacidade de autoprotecção. Desta forma, será promovida uma actuação mais proactiva e preventiva no trabalho de prevenção criminal juvenil. Paralelamente, será aprofundada a colaboração entre escolas, famílias e polícia, aumentando o envolvimento dos encarregados de educação e professores nestas iniciativas. Este modelo permite detectar e intervir atempadamente em casos de criminalidade, reduzindo efectivamente os riscos dos jovens se tornarem vítimas ou autores de actos ilícitos.
Além disso, o director Sit Chong Meng destacou os resultados alcançados nos últimos anos através da colaboração com o sector educativo na divulgação de sensibilização sobre a segurança nacional. Este trabalho tem sido eficaz no reforço do patriotismo, do amor por Macau e da compreensão da segurança nacional entre os jovens. No futuro, a PJ e as escolas vão continuar a trabalhar em conjunto para institucionalizar, sistematizar e implementar a educação para a segurança nacional em todas as fases do ensino, proporcionando recursos mais diversificados adaptados a diferentes faixas etárias e profissionais de educação.
Todos a contribuir para apoiar o desenvolvimento juvenil
Todos os representantes presentes reconheceram a eficácia da “Rede de Comunicação com as Escolas”, considerando que esta iniciativa contribui para reforçar a colaboração entre a polícia e as escolas, prevenindo a criminalidade juvenil e a vitimização de jovens. Além disso, foram apresentadas propostas para intensificar a colaboração entre as partes e consolidar o trabalho educativo na prevenção de crimes envolvendo adolescentes. Foi expressa preocupação por representantes da instituição de ensino que, mesmo com as campanhas antifraude em curso, alguns estudantes continuam a ser vítimas de burla, indicando um desgaste na atenção a este tipo de alertas. Esta situação reflete um certo cansaço face às campanhas antifraude por parte dos alunos, pelo que foi sugerida a implementação de medidas diversificadas para reforçar os alertas e os controlos sobre transferências de elevado valor efectuadas por estudantes. Por outro lado, representantes dos embaixadores de prevenção de burlas partilharam experiências sobre novas iniciativas de sensibilização, como peças de teatro e palestras, que têm sido bem recebidas pelos alunos. Além disso, perante a crescente tendência da criminalidade online, cada vez mais oculta, foi apelado por representantes a uma responsabilização social conjunta para melhorar a segurança online, evitando que informações prejudiciais ou mesmo incitadoras de actividades criminosas possam ser disseminadas na rede e afectem os jovens. Por outro lado, relatou-se ainda a expansão do uso de cigarros electrónicos em meio escolar, defendendo-se a proibição total, por via legislativa, da sua posse e utilização. Outros ainda manifestaram a expectativa de que seja intensificada a formação de docentes e se amplie a divulgação de informações preventivas aos encarregados de educação, permitindo-lhes estar atualizados sobre os riscos criminais mais recentes que possam influenciar os jovens, reforçando assim a capacidade de identificação de sinais de crime e o acompanhamento psicológico adequado.
O director Sit Chong Meng agradeceu a confiança, o apoio e a colaboração de longa data por parte do sector educativo e das associações juvenis, salientando que a PJ atribui extrema importância às opiniões e sugestões dos representantes no que diz respeito ao trabalho policial, à prevenção da criminalidade juvenil e à educação para a segurança nacional. Reafirmou ainda o compromisso de aprofundar a cooperação entre a polícia e as escolas, de modo a potenciar a eficácia da “Rede de Comunicação com as Escolas” e a garantir a segurança e harmonia no ambiente escolar, bem como um desenvolvimento saudável e integrado dos jovens.
Durante o evento, foram atribuídos os certificados de mérito a 39 instituições de ensino, em reconhecimento pela sua participação activa, ao longo do ano transacto, nas campanhas de sensibilização contra crime dirigidas aos jovens.