O secretário para a Segurança, Cheong Kuoc Va, afirmou, hoje (dia 9 de Maio), que o governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) está a estudar medidas para combater as irregularidades nos vistos adquiridos para a permanência em trânsito, ao mesmo tempo, que irá analisar uma redução no número de dias para os visitantes que fazem escala em Macau.
Terminada a sua presença numa ocasião pública, Cheong Kuoc Va, foi questionado por um jornalista sobre uma reportagem recentemente exibida num canal de televisão do interior da China, relacionada com irregularidades na passagem da fronteira em Macau, onde uma pessoa adquiriu um visto de permanência em trânsito no território perto do posto fronteiriço de Gongbei.
Cheong Kuoc Va revelou que o governo da RAEM está muito atento a esta situação, e que o assunto está a ser discutido conjuntamente com o gabinete da administração de saídas e entradas do ministério da segurança pública da China (Bureau of Exit and Entry Administration of the Ministry of Public Security), enquanto que as respectivas autoridades locais estão a analisar mais medidas de prevenção.
O mesmo responsável considera também a possibilidade de encurtar o prazo que permite permanecer em trânsito em Macau, já que em 2008, era possível, aos visitantes portadores de passaporte do interior da China, permanecerem durante 14 dias ao contrário dos 7 dias que se praticam actualmente. Em breve o Serviço de Migração do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) de Macau irá ainda definir outras acções, acrescentou.
Além disso, Cheong Kuoc Va afirmou que o Governo da RAEM também está atento ao incidente onde uma jornalista foi alegadamente puxada quando procedia à cobertura noticiosa numa ocasião pública. Segundo o mesmo a CPSP entregou a investigação a um oficial de alto cargo e deixou um apelo aos jornalistas que testemunharam o incidente para fornecerem todas as informações possíveis e assim que houver resultados informará a comunicação social e as respectivas organizações.
O secretário disse ainda que o facto de existirem no local funcionários de diversos serviços, incluindo trabalhadores do local onde a situação ocorreu, torna-se necessário analisar todas as informações e registos das câmaras de vigilância, já que a investigação encontra-se em fase de apreciação de provas, o que requer algum tempo, mas garantiu que o relatório será apresentado dentro do prazo legal.
O mesmo responsável salientou que a polícia faz um balanço depois de cada operação que executa, incluindo a revisão das operações de pessoal e utilização de equipamentos e veículos, entre outros, e espera assim poder elevar ainda mais a qualidade de futuras operações.