Nos últimos tempos, observou-se um aumento continuado do nível de actividade do novo tipo de coronavírus nas regiões vizinhas, tendo este atingido o seu pico. O novo tipo de coronavírus, em Macau, atingiu um pico epidémico, mas, posteriormente, o nível de incidência diminuiu. Actualmente, o vírus continua a apresentar uma actividade relativamente activa. Os residentes devem adquirir um maior grau de consciencialização quanto à prevenção, especialmente os grupos de alto risco (incluindo idosos, doentes crónicos graves e pessoas com baixa imunidade). É recomendável que estes concluam com prioridade a vacinação contra a variante JN.1, com o objectivo de reduzir o risco de infecção. Em caso de infecção inadvertida, é aconselhável recorrer ao médico o mais brevemente possível e tomar os medicamentos antivirais de acordo com a prescrição médica, mantendo uma higiene pessoal adequada. Em caso de aparecimento de sintomas como febre ou tosse, que afectam o sistema respiratório, é aconselhável o uso de máscara ao sair de casa, com o objectivo de evitar a propagação do vírus.
No ano em curso, Macau registou o pico da epidemia de doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 mais cedo do que as regiões vizinhas. Conforme demonstrado pelos dados de vigilância laboratorial, a taxa de positividade dos pacientes com sintomas semelhantes à gripe, os quais foram identificados com o novo tipo de coronavírus em Macau tem apresentado um aumento progressivo desde a segunda quinzena de Fevereiro do corrente ano. Em meados de Março, foi atingido o pico (44,3% de taxa de positividade na 12.ª semana), após o qual a taxa de positividade tem diminuído gradualmente, tendo-se registado oscilações nas últimas três semanas, com as taxas de positividade nas 17.ª, 18.ª e 19.ª semanas a situarem-se em 12%, 17% e 11%, respectivamente, o que indica uma ligeira recuperação. Em termos gerais, o novo tipo de coronavírus em Macau tem apresentado um nível de actividade relativamente elevado nos últimos tempos. Deste modo, é aconselhável que os residentes adoptem medidas de prevenção adequadas. Actualmente, a variante do novo tipo de coronavírus que está predominante em Macau é a variante XDV relacionada com a variante JN.1, que é essencialmente idêntica à variante das regiões vizinhas. Os dados mais recentes não indicam que a XDV possa causar doenças mais graves do que a JN.1, a XBB, e as suas genealogias descendentes. A vacina contra a JN.1, utilizada em Macau, continua a reduzir eficazmente a infecção causada pelas variantes em prevalência e o risco de se tornar uma doença grave.
Relativamente aos casos de infecção colectiva de doenças com sintomas semelhantes à gripe, neste ano, foram registados 111 casos de infecção colectiva, dos quais 26 foram causados pelo novo tipo de coronavírus, sobretudo em lares. Em conformidade com o mecanismo de apoio domiciliar, os Serviços de Saúde já prestaram serviços médicos adequados aos lares e prescreveram medicamentos antivirais aos destinatários aplicáveis.
Até à data, não foram registados casos graves ou mortais provocados pelo novo tipo de coronavírus em Macau. No entanto, dada a vulnerabilidade dos grupos de alto risco, nomeadamente pessoas idosas, com doenças crónicas graves e pessoas com baixa imunidade, que apresentam um risco elevado de desenvolver casos graves ou mesmo de falecer após a infecção, os Serviços de Saúde apelam que devem completar a vacinação contra a variante JN.1 com a maior brevidade possível. É importante salientar que o tratamento farmacológico para o novo tipo de coronavírus pode impedir a replicação viral. A administração de fármacos antivirais no prazo de cinco dias após a infecção por novo tipo de coronavírus pode reduzir eficazmente o risco de ocorrência de casos graves e de óbito. Em caso de manifestação de sintomas suspeitos de infecção por novo tipo de coronavírus, designadamente febre ou sintomas respiratórios, as pessoas em situação de alto risco devem ser submetidas a um teste de antígenos e encaminhadas para o hospital ou para um dos centros de saúde, a fim de obterem os medicamentos antivirais com a maior brevidade possível. A administração dos fármacos antivirais deve ser realizada em conformidade com as orientações clínicas.
Actualmente, o novo tipo de coronavírus é uma doença transmissível crónica e periódica. Por conseguinte, os Serviços de Saúde pretendem sensibilizar para a necessidade de adoptar as seguintes medidas de prevenção, de modo a diminuir a infecção por COVID-19 e por outras doenças do trato respiratório superior:
- Vacinar-se anualmente contra a gripe sazonal;
- Receber atempadamente as vacinas recomendadas contra a COVID-19;
- Assegurar que todos os membros do agregado familiar têm um sono adequado, uma alimentação equilibrada e uma prática frequente de desporto;
- Manter o hábito de uma boa higiene pessoal e lavar frequentemente as mãos;
- Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel quando espirrar ou tossir, bem como manusear cautelosamente as secreções orais e nasais expelidas com um lenço de papel e deitá-lo num caixote de lixo com tampa e depois limpar imediatamente as mãos; quando não tiver lenço, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo em vez de com as mãos;
- Manter uma boa ventilação de ar e uma boa higiene ambiental;
- Evitar deslocar-se aos lugares densamente povoados;
- Usar máscara sempre que apresente sintomas de gripe, necessite de cuidar de doentes ou de recorrer a um hospital ou clínica;
- Em caso de indisposição, recorrer de imediato a um médico e permanecer em casa para descanso, devendo ser procurado o atendimento médico, se os sintomas se agravarem.