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Fórum de Macau unido contra a pandemia
Revista Macau
Edição nº 86
  • O Primeiro-Ministro Li Keqiang enviou uma mensagem via vídeo para a cerimónia de abertura da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

  • Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

  • Ho Iat Seng diz que Macau irá reforçar o seu papel enquanto plataforma sino-lusófona (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

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O combate à pandemia, a recuperação económica e o reforço do investimento foram os grandes compromissos firmados na última Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau

Texto Tiago Azevedo

Macau foi novamente o palco principal, no dia 10 de Abril, da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), que teve como um dos pontos altos a inauguração do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa. A iniciativa deixou patente a vontade comum de combater a pandemia da COVID-19 que há mais de dois anos assola a economia mundial. O novo Centro é apenas o ponto de partida.

A cerimónia de descerramento da placa do Centro de Intercâmbio da Prevenção foi presidida pelo Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, e pelo Director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Fu Ziying. 

A criação deste Centro tem como visão “aproveitar as singularidades de Macau assentes na sua ligação estreita com os países de língua portuguesa para reforçar a cooperação no sector de saúde entre a China e os países de língua portuguesa, através de diversas acções de formação e intercâmbio”, salientou o Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum de Macau num comunicado. O objectivo, acrescentou, é “potenciar em conjunto a capacidade de resposta a epidemias, bem como contribuir de mãos dadas para o empreendimento da saúde pública no mundo e para a construção de uma Comunidade Global de Saúde para Todos”. 

O Primeiro-Ministro Li Keqiang enviou uma mensagem via vídeo para a cerimónia de abertura da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)
O Primeiro-Ministro Li Keqiang enviou uma mensagem via vídeo para a cerimónia de abertura da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

Sob o lema “Um Mundo Sem Pandemia – Um Desenvolvimento Comum”, a reunião foi organizada pelo Ministério do Comércio do Governo Popular Central da República Popular da China e realizada pelo Governo da RAEM com a colaboração do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, tendo decorrido em formato híbrido online e offline, simultaneamente em Pequim e Macau. O local principal foi o Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. 

Três propostas de Li Keqiang

O Primeiro-Ministro do Conselho de Estado da China, Li Keqiang, enviou uma mensagem via vídeo para a cerimónia de inauguração. O alto dirigente do Governo Central começou por lembrar que o comércio entre a China e os países de língua portuguesa ultrapassou os 100 mil milhões de dólares americanos durante cinco anos consecutivos e os 200 mil milhões de dólares americanos no ano passado, o que demonstra a resiliência e o potencial da cooperação. 

Li Keqiang constatou que se vivem tempos de incerteza e instabilidade a nível mundial e lançou três propostas para o reforço da cooperação sino-lusófona. Em primeiro lugar, afirmou que a China fará mais contribuições para salvaguardar a paz mundial e promover o desenvolvimento mútuo e a prosperidade de todos os países, incluindo os lusófonos. Li Keqiang assegurou ainda que o Governo Central irá aumentar a cooperação com os países de língua portuguesa para vencer a pandemia o mais cedo possível, através de vacinas, medicamentos e de iniciativas na área da saúde global, das quais o centro de intercâmbio de prevenção de epidemias na RAEM é parte integrante. 

Por último, apelou a uma maior abertura e facilitação do comércio e investimento com vista à retoma económica, garantindo que a colaboração sino-lusófona será reforçada. Afirmando que “a China procura sempre uma abertura ao exterior”, o governante salientou que Macau é uma ponte que liga a China aos países de língua portuguesa e que esta cooperação mútua irá avançar a “passos firmes e produzirá frutos”.

Exigida maior dinâmica

Tal como Li Keqiang, os representantes de alto nível dos governos dos países de língua portuguesa foram unânimes relativamente ao papel desempenhado pelo Fórum de Macau e aos resultados até agora obtidos. Os dirigentes lusófonos também proferiram mensagens via vídeo e atribuíram alta expectativa à continuidade do reforço da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, nos mais variados sectores, sob o enquadramento do Fórum de Macau. 

O Ministro do Comércio da China, Wang Wentao, sublinhou o “papel fulcral” do Fórum de Macau, salientando que o volume de negócios sino-lusófonos aumentou exponencialmente ao longo da existência da instituição, criada em 2003.

Os representantes dos países lusófonos abordaram temas sobre o reforço do intercâmbio na prevenção epidémica e sobre a promoção da recuperação económica. “Todas as partes chegaram a um consenso na intensificação de diálogos nas áreas da cooperação contra a pandemia e da recuperação económica pós-pandémica, de forma a conjugar os esforços para vencer esta luta contra a COVID-19, rumo a ganhos mútuos e prosperidade. Além disso, as partes integrantes desejaram maior dinâmica do papel imprescindível de Macau enquanto plataforma nos domínios variados, incluindo a cooperação sino-lusófona no combate à pandemia”, refere o comunicado.

No final do evento, os Ministros dos países participantes assinaram a Declaração Conjunta da Reunião Extraordinária Ministerial, e emitiram a Declaração sobre a aprovação da adesão oficial da República da Guiné Equatorial ao Fórum de Macau como o décimo país integrante (ver caixa). A Reunião Extraordinária Ministerial contou com mais de 100 participantes.


Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)
Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

Guiné Equatorial: um novo membro

A Reunião Extraordinária Ministerial ficou marcada pela aprovação da adesão oficial da República da Guiné Equatorial ao Fórum de Macau como o décimo país integrante. 

O processo foi iniciado em Outubro de 2020, partindo de uma iniciativa da própria nação africana. A encarregada de negócios da embaixada da Guiné Equatorial na China, Celestina Mangue, discursou na reunião, explicando que, desde que a Guiné Equatorial entrou para a comunidade de países de língua portuguesa, em 2014, que “é natural que faça parte de todos os fóruns de cooperação com presença de países lusófonos”.

Salientando que “é uma enorme honra” ser o décimo país integrante do Fórum de Macau, a mesma responsável apontou que a Guiné Equatorial irá trabalhar para apoiar os restantes países integrantes a recuperar da pandemia. “Face à situação actual [pandemia de COVID-19], acredito que sob o princípio de união e cooperação do Fórum de Macau adoptaremos conjuntamente novas estratégias económicas e comerciais para dar novo vigor ao organismo e atender às expectativas de todos os países integrantes”, afirmou. 


Ho Iat Seng diz que Macau irá reforçar o seu papel enquanto plataforma sino-lusófona (Foto: Gabinete de Comunicação Social)
Ho Iat Seng diz que Macau irá reforçar o seu papel enquanto plataforma sino-lusófona (Foto: Gabinete de Comunicação Social)

Papel de Macau é para manter, diz Chefe do Executivo

Macau irá continuar a potenciar as suas vantagens singulares e a aperfeiçoar e consolidar o seu papel como plataforma sino-lusófona. A garantia foi dada pelo Chefe do Executivo da RAEM, Ho Iat Seng, durante o seu discurso na cerimónia de abertura da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau.

Ho Iat Seng realçou que o território irá continuar a tirar “pleno proveito das oportunidades de ‘Uma Faixa, Uma Rota’ e da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, a aperfeiçoar e consolidar o seu papel como plataforma de serviços e a acelerar a sua integração no padrão de desenvolvimento de “dupla circulação” da China. O Chefe do Executivo acredita que a construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin irá “injectar uma nova dinâmica no desenvolvimento de Macau a longo prazo e contribuirá para o enriquecimento do papel de Macau enquanto plataforma sino-lusófona”.

A par disso, afirmou que Macau irá “reforçar o seu papel de ponte e plataforma para promover o intercâmbio e a cooperação entre o Interior da China, Macau e os países de língua portuguesa e auxiliar e impulsionar a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, em prol do desenvolvimento e progresso comuns.

O Chefe do Executivo da RAEM apontou ainda que o Fórum de Macau é uma importante plataforma para o estabelecimento de laços de cooperação amigável e mutuamente vantajosa entre a China e os países de língua portuguesa, e é um importante palco onde Macau desempenha o seu papel de ponte entre a China e os países lusófonos, integrando-se na conjuntura do desenvolvimento nacional. Ho Iat Seng elogiou os “resultados encorajadores” da cooperação económica e comercial sino-lusófona ao longo dos anos e acrescentou que esta tem vindo a ser “constantemente aprofundada e desenvolvida”. 


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